Boas Práticas nos pequenos estabelecimentos

Boas Práticas nos pequenos estabelecimentos
Boas Práticas nos pequenos estabelecimentos

Estava eu voltando da minha viagem de mini-férias, quando me deparei com uma fome gigante e uma espera de 2 horas para a saída do ônibus. O resultado: precisava urgente almoçar.
No local as opções eram bem limitadas: ou restaurantes caros demais ou restaurantes de qualidade  duvidosa. O que me fez parar para refletir (isso é que dá ser empreendedora inquieta).
Quando nos lançamos na área de consultoria e assessoria em qualidade de alimentos geralmente sonhamos em trabalhar nas grandes redes, em estabelecimentos badalados e famosos, pois geram uma fama e uma repercursão maior e em consequência gera credibilidade ao nosso trabalho. E nos esquecemos dos pequenos estabelecimentos e negócios familiares que precisam tanto ou até mais dos nossos serviços e muitas vezes estão interessados em aprender e mudar !

E por que eles são os que mais precisam?


Geralmente esses pequenos estabelecimentos começam a partir dos dons culinários de um dos donos, necessidade financeira ou vontade de ter seu próprio negócio. Eles reproduzem   receitas que os donos ou cozinheiros  gostam ou o trivial que fazem em casa. Até aí não há problema . O preocupante é, essas pessoas geralmente tem pouco ou quase nenhum conhecimento sobre boas práticas na manipulação dos alimentos e trazem o hábitos de casa para o local de trabalho, inclusive hábitos que representam um perigo para o consumidor (sim, não é uma exclusividade só desse tipo de restaurante, mas é onde ocorre mais) como:

  • Fazer a comida que será utilizada durante todo o dia e deixar em temperatura ambiente;
  • Descongelamento dos alimentos em temperatura ambiente;
  • Guardar alimentos que ficaram expostos  durante todo o dia para utilizar no dia seguinte;
  • Higiene inadequada ou de forma incorreta de equipamentos, utensílios e ambiente;
  • Armazenamento inadequado dos alimentos;
  • Falta de cuidado com a higiene pessoal;
  • Etc.

Mas será que eles podem pagar?


Talvez você não vá atrás desses clientes, pelo mesmo motivo que eu não ia:  acha que eles não podem pagar. Pode ser que alguns realmente não possam, mas quando o dono  procura um serviço desse, quer melhorar o negócio pra crescer. Então apesar de olhar o preço, está mais interessado em resultados satisfatórios e paga o serviço olhando como um investimento, não como gasto.
Pode até parecer que é utopia, mas a experiência que tenho com estabelecimentos menores me mostraram 3 coisas: ele pagam direitinho, é só estarmos dispostos a facilitar (exemplo: parcelar o pagamento); se o preço for justo eles nem pesquisam outros preços; para convencê-los você precisa mais do que falar a teoria, mostrar quais são os benefícios que ele terá!

Então qual a solução?


Podem existir mil soluções para essa situação e eu penso em duas.
A primeira é de ir oferecer o serviço diretamente a esses restaurantes e não esperar que eles nos procurem (foi assim que consegui meu primeiro cliente).
A segunda é uma das que eu acho mais geniais e é uma forma de atender eles, sem pesar demais no orçamente do local: fazer parcerias com associações, sociedade ou organizações que tenham algum vínculo sobre esses estabelecimentos e elaborar projetos onde possamos atuar como cursos de capacitação por exemplo, consultorias, produção de materiais de orientação e etc.

Um  exemplo que funcionou:


Desde que comecei a trabalhar nessa área, mais ou menos 4 anos atrás, eu pesquisava ideias para fazer diferente. Nessas buscas encontrei uma das que considerei a melhor – é até um pouco antiga e foi publicada na Revista CRN2 nº 26, página 8 (caso queira dar uma lida clica aqui). O projeto da nutricionista Daniela Moreira que em parceria com a ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) Regional de Londrina ofereceu uma consultoria para os associados e criou o setor de Nutrição na regional.

Conclusão


Para tornarmos real o direito universal de alimentação adequada (que engloba entre muitas coisas a qualidade dos alimentos ofertados a população), devemos pensar em soluções para adequar, em relação a qualidade, desde o ambulante que vende cachorro quente na porta da balada até o restaurante que serve pratos da alta gastronomia. Precisamos fazer isso colocando nossa cabeça para funcionar, pensando fora do quadrado e trocando ideias com os colegas de profissão.
E você o que pensa sobre assunto?
Deixa seu comentário aqui embaixo, ele é importante para que eu possa construir conteúdos alinhados ao que você procura.
Até o próximo artigo!

Marina


Ahhh! Você já conhece nossa fanpage e nosso canal no youtube? Lá eu posto conteúdos diferentes do material do blog. Dá uma olhadinha!
Fan page: www.facebook.com/1nutriinova
Canal do Youtube: http://bit.ly/canalnutriinova
E já ia me esquecendo, agora na nossa fanpage, você pode se cadastrar para receber nossas novidades!